Pois é galerinha, quem está ligado nas notícias acompanhou o
caso da ocupação e depredação do prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas (FFLCH) feita pelos estudantes da USP, desde ontem
(quinta-feira). Pra quem tava no Caribe, sem internet e sem sinal de telefone,
aqui vai um resumo.
Tudo começou quando 3 estudantes foram flagrados pelos
policiais da PM consumindo e em posse de maconha em frente à FFLCH, ou seja,
dentro do campus, na quinta-feira 27/10 à noite. Durante a abordagem dos
policiais, os alunos da faculdade se revoltaram com a prisão desses alunos e,
cerca de 300 pessoas, entraram em conflito com os policiais, que tiveram que
chamar reforços e ai o bicho pegou. Dizem que a polícia usou cassetetes, spray
de pimenta e gás lacrimogêneo. Dizem que viaturas foram depredadas. Ou seja,
caos total, até que a PM conseguiu levar os usuários de maconha para a 91ª DP e
lá eles assinaram um termo circunstanciado (Termo
circunstanciado: relato de infracao de menor potencial ofensivo - crime com
punicao maxima de 2 anos) e foram liberados. (Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil)
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Foto: Tiago Queiroz/Agência
Estado
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Enquanto isso, os alunos da FFLCH resolveram levar esse,
vamos chamar de “exagero de ambos os lados” ao próximo nível, ocuparam o prédio
da faculdade. Segundo o site do Terra “a ocupação foi decidida em
uma assembleia dos estudantes na noite de ontem, após os alunos serem levados à
delegacia. Os estudantes disseram que continuarão no prédio até a revogação do
convênio que permite a presença da PM no campus”. Esses mesmos alunos queimaram
a bandeira do Brasil, além da bandeira do estado de São Paulo, usaram blocos de
concreto na rua para controlar a entrada de veículos, além de pendurarem faixas
contra a PM e o reitor da USP, João Grandino Rodas. (Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil)
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Foto: Bruno Santos/Terra
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Como sempre, segue minha intromissão no assunto. Primeiro,
como uma jovem quase recém formada cheia de ideais alimentados pelos grandes
filósofos acredito que seria a primeira a levantar a bandeira caso houvesse
alguma injustiça sendo feita. Minha opinião sobre o uso da maconha não vem ao
caso, mas por LEI ela É PROÍBIDA, consumo, venda, posse e etc. Ou seja, os
agentes da LEI devem e são autorizados POR LEI a repreender e fazer com que A
LEI seja cumprida.
Uma vez que, foi assinado um convênio entre a reitoria da
USP e a Polícia Militar, no dia 8 de setembro, permitindo que a PM faça o
policiamento ostensivo (a polícia visível) no
campus, é óbvio que as abordagens aumentariam. Lembrando que esse convênio foi
assinado também com o apoio dos alunos, após o trágico assassinato a tiros do
estudante Felipe Ramos de Paiva, 25 anos, nas dependências do campus. Ou seja,
a PM estava lá para garantir a segurança, porque tem muitos casos de estupro, seqüestro
e assaltos DENTRO DO CAMPUS. Mas a PM como instituição não vai apenas
cuidar desses casos e “esquecer” o restante das leis. Se é proibido consumir drogas
É PROIBIDO E PRONTO, eles não podem ignorar.
A GRANDE verdade é, ao invés de “seqüestrar” e depredar
patrimônio público eles deviam aproveitar a oportunidade, que POUCOS TEM no
país, de estudar em uma das melhores Universidades do país, que ainda por cima não
é paga. Aproveitar e respeitar o campus que lhes é oferecido. Esse local
magnífico, com inúmeros prédios que fizeram parte da história do país. Deviam
aproveitar a ampla diversidade e qualidade acadêmica dos professores, dos mestres
e grandes pensadores que lá ensinam. Deviam tomar seu tempo com os estudos ao
invés de “badernar”.
Estudem, cresçam, façam a diferença e mudem o país da
forma correta. Destruição só leva à mais Destruição.
XOXO, Lambisgoia
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